
Depressão
A depressão, uma das principais formas de sofrimento psíquico na atualidade, é também uma das doenças que ocasionam maior comprometimento no sujeito, sendo considerada a primeira causa de incapacidade entre todos os problemas de saúde no século XXI.
A Organização Mundial da Saúde – OMS, estima que no mundo, ela afeta 322 milhões de pessoas e no Brasil 11,5 milhões.
A depressão se classifica dentro dos transtornos afetivos, onde a perturbação fundamental é uma alteração do humor e do afeto.
Apresenta sinais e sintomas como ausência de sensações ou entorpecimento, tristeza persistente, perda de sentido das atividades, dificuldades de sentir prazer, apatia e passividade, sentimentos de inferioridade, culpa e autoestima rebaixada, mudança no apetite e no peso, falta de energia, alterações de sono e apetite, fadiga e dores crônicas.
Os suicídios, tendências ao uso e abuso de substâncias, automutilação em adolescentes, raiva, quadros psicóticos e transtornos no núcleo familiar e profissional, estão diretamente relacionados a quadros depressivos.
O tratamento da depressão lida com aspectos multifatoriais e demanda uma abordagem integrada entre profissionais, principalmente o psicoterapeuta e o médico psiquiatra. Buscar somente uma abordagem é menos eficaz, prolonga o tempo do tratamento, a manutenção do risco e o sofrimento da pessoa.
Reconhecer que os comportamentos acima descritos são sintomas de depressão e portanto uma doença, que independe da vontade da pessoa é fundamental para a busca eficiente do tratamento pois identificar os sintomas e buscar o tratamento não ocorre muitas vezes, nem pelo pessoa nem pelo seu grupo familiar ou profissional, dificultando ainda mais a cura.
A ajuda proativa das pessoa próximas na busca de tratamento é determinante pois os próprios sintomas impedem a pessoa de se ver necessitando de ajuda profissional seu desejo é recolher-se dentro de si e tristemente se consumir.
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Jussara Batista Mendes
Data: 31 de Outubro de 2018
Artigo Publicado Revista Vero Novembro 2018